SINTOMA

Começámos este ano com uma conversa acerca de tudo o que se passa à nossa volta, o que observamos e rejeitamos, como somos observadas e observados e que reações se geram no ato de observar. Percebemos, como sempre que pensamos na sociedade como um todo, que são muitas mais as coisas que nos aproximam do que as que nos separam e no mundo como ele se apresenta agora, é essencial perceber que cabemos cá todas e todos.
Percebemos também que a velocidade a que somos obrigadas e obrigados a viver nos dias que correm, é incompatível com a forma como o ser humano é construído. E as reações que deveriam acontecer em episódios esporádicos, e que serviam para nos proteger, transformaram-se em patologias. E aqui identificámos a ansiedade como uma presença, não diremos constante, mas que se senta à mesa connosco demasiadas vezes.
Fomos feitas e feitos para observar as coisas a crescer, o tempo a mudar, as relações a fortalecerem-se, com calma e contemplação, mas o que se passa à nossa volta é rápido demais e não permite o movimento de parar e respirar.
Assim, construímos um objeto pedagógico-artístico que representa uma pessoa, durante a noite a ter uma crise de ansiedade e a sua busca por abrandar, ligar-se a uma ancestralidade contemplativa e desenvolver uma estratégia que a serene.
Tal como num puzzle, para percebermos a sua completude ou incompletude, precisámos de nos distanciar para nos ser possível partilhar sobre este assunto sensível, com pragmatismo e consciência.

FICHA TÉCNICA

Ideia: Uma criação e direção do Alexandre Oliveira, montagem e afinação de luz do Diogo Marques, grafismo do Tiago Cerveira, produção executiva do Luiz Serrano, interpretada pela turma 1 de Dança Contemporânea.

Bilhete Geral: € 7,5

Pais e Encarregados de Educação: € 5

Bilhete Formandos Loucomotiva | Menores de 12 anos: € 4