AQUILO QUE NÃO SE VÊ

O que é que acontece às personagens de uma escritora quando esta deixa de escrever? Para onde vão? Insurgem-se? Têm algum sindicato que possa auxiliar na luta pelos seus direitos? Talvez tenham mas isso não importa. Porém, as personagens de uma autora não passam de abstrações, ficção…metafísica. E o que é que aquilo que não se vê pode contra o concreto? Neste exercício/espetáculo, o objetivo é provocar uma reflexão conjunta acerca do papel da ficção na vida de cada um de nós e até que ponto é que esses estados/sítios arcádicos nos resgatam do pragmatismo esmagador da realidade. Será que nos evadimos porque procuramos algo mais? Será que a ficção existe porque a vida não é suficiente ou estaremos nós, ininterruptamente, a fugir de alguma coisa?

Para chegar aqui, estes alunos/personagens escavaram até redescobrirem a Arcádia para perceber o papel do invisível. Desenvolveram pensamento crítico em cima das histórias do Shakespeare, das linhas do Kandinsky, dos poemas dos gatos da Adília Lopes e tentaram perceber o que é que liga tudo, todos os criadores de ficção. O que é que os move a todos? O que é que todos procuramos?

Autoria, direção, sonoplastia e operação: Alexandre Oliveira

Iluminação e montagem: Alexandre Oliveira e Diogo Marques

Dispositivo cénico e figurinos: Turma e Teatro Loucomotiva

Fotografia e Cartaz: Tiago Cerveira

Produção: Teatro Loucomotiva